Trânsito, agenda cheia, distração, falta de pontualidade, imprevistos. Problemas não faltam para perder um voo
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Em grandes cidades o imprevisto já está na porta de casa. Mas, não se preocupe: é possível remarcar um vôo perdido |
As companhias orientam adiantar o check-in pela internet. Na TAM, ele pode ser feito de 72 horas até 45 minutos antes do embarque, nos voos domésticos, e até 2 horas antes, nos voos internacionais. Mesmo assim, pedem que os passageiros cheguem até 60 minutos antes do horário da decolagem se for viajar pelo Brasil e até duas horas antes se for para o exterior.
O problema entra quando a subjetividade determina conceitos diferentes de atraso. A jornalista Eliane Quinalia, 25 anos, garante que chegou apenas cinco minutos atrasada em Congonhas, São Paulo (SP), de onde partiria para Florianópolis (SC), a trabalho. “Fiz o check-in e não me deixaram embarcar. Disseram que o pessoal já estava fazendo o embarque e eu não poderia subir. Eu disse que me atrasei apenas cinco minutos e que eu correria até lá em cima, mas não deixaram”, conta Eliane, que nem chegou a embarcar em outro voo e fez a entrevista que teria que fazer em Santa Catarina por telefone mesmo.
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Quem perder o avião precisa pagar uma taxa para remarcar o vôo e a eventual diferença da tarifa |
Em alguns casos, o atraso é tanto, que não adianta nem negociar. “Eu ia voltar de Porto Seguro (BA) para o Rio de Janeiro (RJ). Minha namorada na época ligou pra mim e começamos a brigar. Perdi a hora, ainda peguei um engarrafamento e, quando cheguei ao aeroporto, eu vi o avião decolando”, lembra Cláudio Louro, 46 anos, analista de suporte sênior, que conseguiu embarcar aproximadamente duas horas depois.
Atraso bem-vindo
Apesar de parecer difícil, perder um voo também pode ter o lado bom. Mesmo com o desespero inicial de não ver seu nome na lista de passageiros, Marília Oliveira, 29 anos, assessora de comunicação, adorou ter perdido um voo em Guarulhos, em São Paulo (SP), em março do ano passado, quando tentava voltar para sua cidade natal, São Luís (MA).
Marília não apenas se atrasou, mas confundiu as datas e chegou ao aeroporto um dia depois do que constava no bilhete da sua passagem. “Coloquei na cabeça que a volta era dia 25 de março. Na verdade, eu chegaria em São Luís dia 25, mas sairia de São Paulo dia 24”, conta. “Pedi para me recolocarem em outro voo, mas não tinha vaga, nem no dia seguinte. Aí eu fiquei mais uns 15 dias. Fui a shows, lançamento de livros, passeei na Pinacoteca... Eu adorei perder o voo, foi um bônus”, relembra Marília, que tem família na capital paulista.